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Comtur realiza planejamento de ações para o trade turístico de Alta Floresta

Publicado em: 17 de Outubro de 2022

Autor: Geiziana Nunes


Data: 17 de Outubro de 2022

Autor: Geiziana Nunes


Conselho pautou a defesa do Parque Estadual Cristalino II, em prol ao desenvolvimento e ampliação de atividades da cadeira produtiva do turismo no município

No dia 11 de outubro de 2022, aconteceu no auditório do Museu de História Natural de Alta Floresta, reunião com os Membros do Conselho Municipal de Turismo, de Alta Floresta (Decreto N.°311/2021). De acordo com a Lei Nº 2.346, de 07 de dezembro de 2016, o COMTUR compor-se-á de membros representantes do poder público, da iniciativa privada e sociedade civil organizada, pessoas não membros também são convidados a participar das reuniões.

Alta Floresta tem forte relevância quando se trata de atrativos naturais, históricos, e culturais, sendo o Conselho uma das ferramentas importantes para que ocorra a governança local em prol ao turismo.

Representando o Prefeito Municipal esteve o Secretário Municipal de Governo, Gestão e Planejamento, o senhor Robson Quintino, e de acordo com ele, estamos em um bioma consolidado enquanto destino turístico, salientou sobre o fato de existir importante parceria da gestão municipal e outras instituições do sistema S que atuam na cidade em prol da qualificação do setor de turismo, e da necessidade de maior envolvimento do terceiro setor  para buscar ampliar o desenvolvimento do turismo localmente. E complementou, a título de sugestão, a necessidade do estabelecimento de diálogo com a FECOMÉRCIO-MT, para somar os esforços.

Dentre os assuntos pautados na reunião, houve consenso dos conselheiros, sobre posicionamento do Comtur frente a defesa do Parque Estadual Cristalino I e II. Pois, recentemente, o fogo atingiu mais 5 mil hectares, segundo números divulgados pelo Observatório Socioambiental de Mato Grosso, e este fato afeta diretamente a atividade turística do município, pois a natureza é o atrativo principal que motiva os turistas a viajarem para a região.

Alta Floresta é reconhecida nacional e internacionalmente, devido a essa rica biodiversidade contida em seu território. As unidades de conservação do Cristalino, têm ao todo 184.900 hectares e estão localizadas entre os municípios mato-grossenses de Alta Floresta e Novo Mundo, divisa entre Mato Grosso e Pará.

Os incêndios no Parque duraram em torno de um mês, diversas organizações se posicionaram e denunciaram a ausência amplificada do Poder Público Estadual no controle das chamas. Houve falta de equipamentos, aeronave e pouco efetivo do corpo de bombeiros para a extinção urgente dos focos.

Além da queima da floresta amazônica do Parque, o fogo se espalhou e atingiu propriedades rurais e habitações do entorno. Os Parques Cristalino I e II estão entre as unidades de conservação mais relevantes da Amazônia, com mais de 600 espécies de aves registradas, algumas são endêmicas. De acordo com alguns especialistas, das 600 espécies, 25 delas estão oficialmente ameaçadas de extinção. 

Neste contexto, houve diálogos e sugestões de ideias entre os conselheiros, para um chamamento e sensibilização da comunidade, dos Poderes Públicos e sociedade civil organizada para apoiarem a defesa dos Parques Estadual Cristalino I e II, inclusive sobre a abertura do Parque para uso da comunidade com o ecoturismo.

A conselheira, Vitória da Riva Carvalho, que é pioneira da cidade, e tem um longo e relevante trabalho em prol do ecoturismo na região, inclusive por ter reconhecimento internacional em seus projetos locais, destacou alguns dos programas e ações desenvolvidas no segmento local, mencionou a importância e o valor que a existência do Parque Estadual, e que o mesmo agrega valor para a região, seja no campo da preservação do meio ambiente ou no campo econômico do turismo.

Os incêndios se configuram como danos inestimáveis em vários aspectos, sendo o maior deles a perda da biodiversidade e suas consequentes implicações para o planeta como um todo. Vitória enfatizou a importância do Conselho Municipal de Turismo e da própria Prefeitura, e pediu para se inteirarem mais da situação do Parque, pois ele tem singular relevância para o turismo regional. Dona Vitória concluiu dizendo que, no momento atual a questão do Parque é crucial, sem ele Alta Floresta e região perderão o seu principal atrativo e indutor para o setor do turismo. Para ela, sem a existência do Parque com acesso comunitário, e atividades formativas, pesquisas e outras ações que foram citadas pelos conselheiros na reunião, acabam por perder força e importância.

O conselheiro José Luiz Augusto Teixeira, sugeriu a criação de uma comissão no Conselho para a elaboração de uma Carta Aberta em defesa do Parque. Para isso, é fundamental se fazer visitas a empresas e instituições da sociedade civil e pública para chamá-los a aderir a carta. Em seguida fazer um ato de divulgação da carta.

Neste sentido, o COMTUR, pretende dar encaminhamentos necessários e demandar do Governo do Estado para implementar ações no entorno do Parque, especialmente o apoio e incentivo a alternativas econômicas sustentáveis, prioritariamente o ecoturismo e há também possibilidades de uso de produtos florestais não-madeireiros, podendo pensar em projetos-pilotos que insiram as comunidades do entorno, ações estas já amplamente solicitadas e incentivadas por diversas instituições locais, regionais e estaduais.

Por fim, os conselheiros apresentaram como uma das demandas do trade, a qualificação profissional para Recepcionistas, camareiras, copeiras, garçons, eletricistas e cursos afins que atendam diretamente ou indiretamente o setor e a comunidade local.

Cumpre apresentar aqui também, que a Diretora de Turismo, Sra. Geiziana Nunes, o Secretario de Inovação e Desenvolvimento Econômico, Sr. Elói Luiz de Almeida e o Sr. Prefeito Valdemar Gamba tem demandado junto a SEDEC do Governo do Estado e a COA que administra o aeroporto Piloto Osvaldo Marques Dias, a ampliação do número voos e de empresas aéreas para atender Alta Floresta e Região, pois atualmente a demanda é maior do que a oferta, e os serviços aéreos é uma das formas que os turistas mais utilizam para chegar na nossa região. E, conforme apresentado pelo trade turístico à Diretoria de Turismo, o custo elevado das passagens tem interferido negativamente na venda de pacotes turísticos regionais, e consequentemente em toda a cadeia produtiva do turismo.